Médica é encontrada morta dentro de mala

21 de agosto de 2023    2730 views

Câmeras de segurança flagraram Davi Izaque Martins Silva deixando o prédio da médica Thallita da Cruz Fernandes, que foi encontrada morta dentro de uma mala na lavanderia da casa dela. O crime foi descoberto pela polícia no fim da tarde de sexta-feira (18), em São José do Rio Preto (SP).

As imagens mostram quando o suspeito de 26 anos deixou o apartamento da vítima e caminhou pelo corredor em direção ao elevador. Vestido com boné e camiseta vermelha, ele foi até o térreo, saiu do prédio usando o celular e entrou em um carro de aplicativo que aguardava na rua.

Após o crime, a Justiça emitiu um mandado de prisão temporária contra o suspeito, que foi preso pelo Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) na noite de sábado (19), na casa da mãe dele.

A polícia informou que Davi chegou a deixar a cidade, com destino a Olímpia (SP), mas voltou a Rio Preto. Ele vai ficar preso temporariamente, por pelo menos 30 dias.

À Polícia Civil, o suspeito de matar Thallita confessou o crime ao delegado responsável pelo caso, Alceu Lima de Oliveira. Davi também disse que usou drogas antes do assassinato.

A Polícia Civil também vai investigar se Davi matou Thallita, com quem mantinha um relacionamento há cerca de dois anos, por ser financeiramente dependente dela e não aceitar o fim do namoro.

"Hoje, ele fala que foi em um momento de ciúmes, além de ter ingerido droga. Com certeza ele tinha uma dependência financeira dela", afirma o delegado. "O intuito dele era sair com o corpo na mala, mas ela rasgou e ele não conseguiu."
Em relato à polícia, Davi também confirmou que brigou com Thallita, no mesmo dia em que a matou. Segundo o delegado, o intuito do suspeito era ocultar o corpo da vítima, mas a mala rasgou.

Alceu ainda informou que Davi não tinha passagens criminais e que o comportamento dele não indicou arrependimento.
“Ele estava tranquilo e seu comportamento não indica arrependimento. Acreditamos que ela quis terminar o relacionamento e matou Thallita na explosão de momento”, diz o delegado.

Mensagens no celular
Antes de desaparecer, uma mensagem supostamente enviada pela médica fez com que uma amiga acionasse a Polícia Militar. Conforme o boletim de ocorrência, a pedido da mãe de Thallita, ela enviou uma mensagem pelo WhatsApp.
À polícia, essa amiga informou que sabia que a vítima estaria de folga do trabalho, mas a resposta obtida foi que “não poderia falar mais, pois o dia de serviço dela estava muito corrido (sic).”

Durante a investigação, a perícia foi até o apartamento de Thallita, e localizou duas facas usadas no crime. Em seguida, a vítima foi encontrada nua, com ferimentos no rosto, dentro da mala na lavanderia.

Thallita foi enterrada no Cemitério São Pedro, localizado no bairro Vila Alpina, em São Paulo, às 13h de domingo (20).
A Divisão Especializada de Investigação Criminal (Deic) investiga o caso.

Homenagens
Em nota, a Famerp lamentou a morte da aluna: “Com pesar, a Diretoria da Famerp lamenta profundamente o falecimento trágico da aluna da turma 49, Thallita Fernandes. Sua partida prematura nos entristece. Nossos sentimentos aos familiares e amigos e colegas neste momento de tristeza e consternação.”

Também em nota, a Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto (Funfarme) desejou condolências aos familiares e amigos.

"Em nome de todos seus diretores, corpo clínico e colaboradores, o Complexo Funfarme manifesta profundo pesar pela morte da médica Thallita da Cruz Fernandes. Formada em 2021 pela Famerp, Thallita atuou para melhor atendimento de centenas de pacientes. A Funfarme manifesta suas condolências à amigos e familiares", diz a nota.

A Prefeitura de Bady Bassitt lamentou a morte da médica via redes sociais: "É com imenso pesar que a Prefeitura Municipal de Bady Bassitt recebe a lamentável notícia do falecimento da médica Thalitta da Cruz Fernandes, plantonista na UBS de nossa cidade. Respeitada por todos e admirada pelo profissionalismo, amizade, integridade e pela maestria ao cuidar da população, Dra. Thalitta deixa um legado incontestável e de relevância fundamental para a Saúde do Município."

Fonte: G1
 
 
 

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