Festival promove o turismo e a integração entre o Brasil e a Argentina
Promover o turismo e a integração entre os países. Esse foi o objetivo do 1º Festival Internacional de Turismo La Frontera, que aconteceu entre 11 e 15 de outubro, na região da tríplice fronteira, no sudoeste do Paraná, entre os municípios de Barracão (PR), Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen, na Argentina. Promovido pelo Sebrae/PR, pelo Comitê La Frontera e pelo Município de Dionísio Cerqueira (SC), o evento recebeu mais de 30 mil pessoas entre participantes e visitantes.
Entre as atrações do Festival, esteve a participação da “rainha do basquete”, Hortência Marcari, que palestrou durante o evento Conexões Empresariais, que tem como intuito promover o encontro entre empresários do Brasil e da Argentina em um ambiente de troca de conhecimentos e networking.
O Festival contou ainda com apresentações culturais, Festival Gastronômico Internacional – Sabores de La Frontera; 1ª Corrida Internacional La Frontera; Seminário Internacional de Turismo, entre outros atrativos.
O consultor do Sebrae/PR, Francisco Wildes, avalia que o Festival veio para reforçar a união entre os países e fortalecer um calendário unificado na região.
“Tivemos um evento promissor, algo nunca antes feito na tríplice fronteira. A ideia foi de proporcionar, aos visitantes, uma experiência nova, muito além do turismo de compras. E termos um calendário de eventos unificado entre o Brasil, a Argentina e os municípios que fazem parte do Comitê La Frontera”, comenta Francisco.
O prefeito de Dionísio Cerqueira (SC), Tiago Gnoatto, evidencia a importância que a região tem ganhado.
“Temos que agradecer a todos que participaram desta iniciativa. Hoje, através desse engajamento, mostramos que aqui é um lugar de oportunidades, de empreendedorismo. Acima de tudo, da integração de pessoas e nacionalidades”, afirma Tiago.
Momento especial e fortalecimento
Para o intendente de Bernardo de Irigoyen, Guillermo Fernandéz, o evento marca um dia especial para a região.
“O Festival, seguramente, a cada ano se tornará mais especial e forte, principalmente pela integração e pelos objetivos que nos unem, fortalecendo a cultura, a educação e o turismo, que são tão importantes para todos nós”, destaca Guillermo.
O presidente do Comitê La Frontera, José Crestani, pontua que o desenvolvimento da Trifronteira é reflexo de um movimento que começou há muitos anos.
“Vemos, hoje, o resultado de um trabalho que vem sendo construído e que começou com a união de diversas entidades há mais de dez anos. Em nome do Comitê, agradecemos a participação de todos. E que possamos construir uma Trifronteira mais forte e com mais oportunidades”, acrescenta José.
JEPP
No Festival, também foi realizada a Feira dos Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), que promove a relação entre a cultura empreendedora e os valores éticos, culturais e de cidadania entre as crianças. Além de apresentações culturais, houve a realização de uma feirinha com a exposição de produtos confeccionados pelas crianças. Durante o evento, foram mais de 5 mil alunos participantes de sete a 11 anos, de escolas da Argentina, do Paraná e Santa Catarina.
De Realeza, a diretora da Escola Municipal Independência, Sonia Adriana Fassina, conta que os alunos levaram para o Festival produtos como bolos, cupcakes, tortas salgadas, entre outros.
“O projeto é trabalhado na escola há dois anos. O Sebrae veio para acrescentar muito nessa questão da educação empreendedora, onde os alunos se preparam para a vida, aprendem a lidar com o dinheiro e a sua importância. Hoje, muitos dos nossos alunos empreendem fora da escola, vendendo produtos para os familiares e vizinhos”, conta Sonia.
A diretora da Escola Municipal Dorival Magrinelli, de Santo Antônio do Sudoeste, Marivete Benedix, conta que o JEPP abriu horizontes para as crianças.
“Um dos projetos trabalhados pelas crianças é a nossa horta orgânica, de onde saem alimentos e temperos consumidos pelos próprios alunos. O professor trabalha a parte teórica em sala de aula e as crianças colocam a ‘mão na massa’. Tem sido muito especial, porque eles não sabiam que podiam produzir alimentos até mesmo em casa para vender depois”, explica a professora.
Muitos dos temperos, inclusive, foram expostos e vendidos durante o Festival. O valor arrecadado, conta Marivete, será utilizado para a festa de Natal da escola.