A publicação feita na quarta-feira, 27, nas minhas redes sociais sobre a rua no local do antigo Zigue-Zague — por décadas considerado um dos cartões-postais de Dois Vizinhos — gerou grande repercussão. O texto, que apontava a ausência de sinalização e os riscos à segurança, mobilizou internautas e, de forma imediata, levou a administração municipal a realizar a pintura de sinalização da via.

A resposta rápida foi bem recebida, mas também trouxe à tona outras discussões. A Associação Santiago Brasil, responsável pela idealização da Capela de Santiago — construída no alto da João Dalpasquale, onde antes se encontrava o Zigue-Zague — se manifestou, esclarecendo que a decisão de abrir a rua não partiu da entidade. Em um comentário, destacaram:

“A capela ficou linda, um novo cartão pra cidade. Porém decidiram pela abertura dessa rua e esqueceram realmente do básico: orientação adequada. O Zigue-Zague já tinha sido destruído muito antes de se pensar na capela.”

A fala ecoou entre os comentários da comunidade. Uma internauta reforçou:

“O Zigue-Zague já tinha sido destruído muito antes da idealização da capela, ainda na administração anterior (PMDB/PT), que iniciou e abandonou a obra.”

Outros moradores também se manifestaram sobre o projeto da via:

“Muito mal projetado. Só quem mora ali está vendo os absurdos. Carros tentam subir e acabam voltando.” “A capela realmente ficou um cartão-postal. Mas essa rua ao lado, sem necessidade. Espero que um dia revertam e tornem algo útil de verdade para as pessoas.”

Além disso, a discussão se ampliou para outras ruas da cidade que passaram por mudanças de mão e seguem sem sinalização adequada, como a via ao Clube 12 e a rua do Colégio Nossa Senhora de Lourdes.

Apesar de já existirem placas no início e fim da subida, muitos apontaram que elas não são suficientes. A sinalização no asfalto, feita após a repercussão, foi vista como um avanço. Agora, o desafio é conscientizar os motoristas e usar os meios de comunicação para orientar a população.

O Zigue-Zague, que por anos desenhou a paisagem e a memória afetiva de Dois Vizinhos, deu lugar à Capela de Santiago — uma construção que, além de bela, carrega significado profundo para o povo católico. Que as lideranças locais honrem esse espaço como ele merece: com respeito, cuidado e visão turística. Afinal, a cidade muda, mas sua história precisa ser preservada e valorizada.