Secretaria Municipal de Saúde de Dois Vizinhos confirma uma morte por dengue no município
Na manhã desta sexta-feira, 28, durante participação no programa Educadora News, as equipes da secretária de saúde de Dois Vizinhos confirmaram a primeira morte por evolução da dengue no município.
“Estamos com os casos de dengue em ascendência e, agora, em abril, tivemos a confirmação de um óbito pela doença. Foi confirmado pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen) no dia 26 de abril. Um homem, de 90 anos, infelizmente, não resistiu.
No total, hoje, são 240 notificações, com 86 positivos e 68 pessoas que estão aguardando resultado, sendo que, pelos índices, uns 40% deve positivar. Uma pessoa está hospitalizada”, resumiu Grasieli Pedrussi, diretora da vigilância epidemiológica.
O município também já teve um caso confirmado de chikungunya. “São 15 notificados, tivemos um positivo, sete negativos e temos sete suspeitos. O caso confirmado foi de uma mulher, de 52 anos, do Centro Sul e voltamos a falar que essa doença é muito incapacitante. A dengue dá muita fadiga por um tempo, mas é passageira, já a chikungunya, aproximadamente 20% dos pacientes podem ter a doença crônica e isso leva a dores incessantes. Vamos acompanhar essa paciente por, pelo menos, três meses”, completou.
Maria Luiza Winharski, diretora da vigilância em saúde, pediu apoio da população. “As nossas agentes de saúde trabalham de forma incansável e dependemos da população. Cada um deve fazer sua parte. Sempre frisamos que, para eliminar, acabar com a dengue, precisamos acabar com o foco, os criadouros do mosquito. O pico da dengue costumava acontecer entre dezembro e fevereiro e agora está começando mais tarde. O mosquito está ficando mais resistente e precisamos ter cuidado”, disse.
Gleidi de Matos, coordenadora da vigilância ambiental, listou os problemas encontrados nos bairros duovizinhenses. “Nós estamos com os índices de infestação elevados, o LIRAa de março deu 4,6% e, com certeza, agora está ainda maior porque agora vem a fase onde as piscinas não estão mais sendo usadas e temos um grande problemas relacionado a isso. A cada caso ou notificação, estamos fazendo os bloqueios para identificar os criadouros, temos bairros como o Sagrada Família, Concórdia e Margarida Galvan com incidência muito alta e a equipe está lá direto, identifica o problema, mostra e mesmo assim há uma grande resistência.
Fizemos um arrastão em março, foram 122 toneladas de lixo recolhidos e acreditamos que ele não surtiu o efeito esperado porque a população não aderiu, muitos não retiraram o lixo, outros retiraram e não eram os lixos que acumulam água. Esperávamos maior adesão da população”, diz.
FUMACÊ
O município está com dificuldades de conseguir o veneno para o fumacê. “Precisamos evitar o máximo possível, mas é necessário nas questões de bloqueio. O fumacê mata apenas o mosquito adulto. Ele não mata larva e pupa. Ele precisa pegar o mosquito voando. Desde fevereiro, formos informados pela 8ª regional de saúde que a quantidade de inseticida para distribuição na região estava baixo e, provavelmente, não conseguiriam atender todos os municípios e isso se confirmou: não temos mais inseticidas para trabalhar com o fumacê e não tem para venda, somente o Ministério da Saúde fornece.