A Secretaria Municipal de Saúde de Dois Vizinhos, divulgou na tarde desta terça-feira, 26, o Boletim da Dengue, no município com 535 casos positivos da doença. São 789 notificações, 110 exames descartados e 144 em análise. 

A prefeitura municipal organizou uma força-tarefa, com mais de 100 pessoas, e vem fazendo arrastões por todos os bairros da cidade com o objetivo de recolher lixo residencial que possa acumular água e servir como criadouros do mosquito transmissor da Dengue. É importante que cada um faça a sua parte e limpe o quintal da sua casa. 

Desde o dia 19 de abril, o Paraná já está em estado de pandemia de Dengue. Desde agosto de 2021 já foram contabilizados mais de 80 mil notificações e cinco mortes em decorrência da doença, no Estado.

LIXO NOS TERRENOS BALDIOS 
O lixo que alguns munícipes retiram de seu quintal, acaba indo para terrenos baldios ou são amontoados e passado um tempo, quando estiverem secos, são queimados. Coisa também irregular de se fazer.
Essa é uma grande preocupação das autoridades, pois esse lixo pode acumular água e servir como um ambiente propício para a proliferação do mosquito da Dengue e outros insetos. 
Ao Tribuna dos Lagos, Diego Borsatti, Secretário Geral de Governo, do município de Dois Vizinhos, fez algumas colocações quando questionado sobre onde descartar o lixo produzido no quintal de casa, como grama, mato, galhos?

“Nós não temos uma destinação Municipal (da Prefeitura), para o lixo que é produzido no quintal da casa das pessoas. Quem tem o seu lote, isso inclusive está em lei, tem a responsabilidade de destinar esse lixo para o local adequado. O LOCAL ADEQUADO hoje quem tem em Dois Vizinhos é a empresa Pema. 

Mas isso é uma questão particular, não envolve o município. Porque são as pessoas que precisam limpar o seu lote. Retirar as latas, pneus velhos, essas coisas e encaminhar até um local que recolhe, que seria no momento a Pema. 

O contrato da prefeitura com a Pema é somente para coleta de lixo de residual doméstico. Não inclui galhos, pneus e essas outras coisas. Isso é responsabilidade do cidadão. Mas ao mesmo tempo eu entendo que as pessoas do centro, as pessoas dos bairros não tem aonde deixar esse lixo. E aí o que eles fazem? Eles vão lá e jogam tudo no lote baldio, né? 

Então nós estamos pensando em futuramente, isso não é num prazo curto, a gente está pensando em criar pontos de coletas em cada bairro. Seria uma ideia de colocar um container, licitado, claro, de alguma empresa e esse container ficaria lá quinze dias num determinado local no bairro, depois iria pra outro bairro e assim por diante e as pessoas poderiam ali destinar os lixos, pneus, garrafa, essas coisas que não é o lixo doméstico que a PEMA não consegue coletar agora. Mas isso é um projeto pra frente, não pra agora. Porque gera um pouco de custo, fazer uma licitação, é lento...”, concluiu Diego.

Da mesma forma, o Secretário de Agricultura de Dois Vizinhos, Júnior Ventura, falou ao Tribuna dos Lagos sobre esse assunto: “O município de Dois Vizinhos conta hoje com uma empresa terceirizada, chamada Ouro Verde, essa empresa faz a limpeza, a poda de galhos de árvore e eles tem uma destinação correta e adequada. Eles tem uma licença protocolada junto ao IAT e fazem a destinação desses resto de galhos e folhas, no caso seriam decompostos. E quando são materiais que não são decompostos são levados ao Aterro da empresa Pema que também o município tem um contrato firmado junto com eles. 

O que o município está fazendo hoje é trabalhar em parceria com a Secretaria de Agricultura e outras secretarias envolvidas pra fazer essa coleta devido a dengue. 
As pessoas que querem dar destinação correta, podem procurar a Pema, essa empresa privada. A responsabilidade do município é com a questão do lixo domiciliar e com as podas das árvores que estão nas calçadas, nas vias. É que se faz hoje, a poda e a destinação esses resíduos. Mas a gente tem sim a auxiliado em algumas campanhas e temos recolhido galhos de árvores em calçadas e temos dado a destinação correta. Mas se os moradores quiserem dar a destinação correta eles podem ligar na Secretaria de Agricultura e a gente pode tá informando pra eles qual que é o local adequado pra destinarem esses materiais, aí cada um conforme a sua classe a gente vai destinar ou pro aterro municipal ou pra esse local onde que a gente leva os galhos de árvores, folhas pra decomposição daí.

Quando o cidadão limpa o lote, é de sua responsabilidade a destinação para esses materiais. Hoje o município tem esse contrato com a empresa terceirizada que é a Ouro Verde. Então quando alguns lixos ficam amontoados, mas questão de poda, a gente vai e coleta e leva pro local adequado. Mas se todo mundo jogar na calçada a gente não vai conseguir recolher e deixar a cidade limpa. Então isso na verdade, cada morador tem o dever de dar a destinação. O município perante Lei tem a obrigação de coletar resíduos domiciliares que seria o lixo doméstico nosso. E a questão desses materiais (mato, grama, galhos) hoje a gente trabalha com a questão da decomposição, aquelas pessoas que conseguem ter uma horta na sua casa, fazer uma decomposição dentro dos terrenos. É uma das coisas que a gente tem trabalhado até mesmo nas escolas, ensinando como que se faz a decomposição desses resíduos. E algumas pessoas ensacam, quando é grama, o pessoal (Pema) acaba levando como lixo domiciliar. Mas assim o município faz a limpeza das árvores, faz as podas, carrega. Mas essa questão de grama mesmo do lote interno daquela pessoa essa destinação seria voltada para cada pessoa ou até mesmo exigir das empresas que fazem esse tipo de trabalho que elas também poderiam achar um local pra tá destinando esses resíduos”, concluiu o Secretário Junior Ventura.