Proteger a amamentação é uma responsabilidade de todos
Iniciamos o Agosto Dourado, que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. A campanha deste ano tem como tema a responsabilidade de todos na proteção da amamentação. Muitas atividades serão realizadas, especialmente durante a Semana Mundial de Aleitamento Materno, de 1 a 7 de agosto. O objetivo é informar, engajar e estimular ações relacionadas à amamentação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. O aleitamento materno protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.
O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os 2 anos de idade ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida, mesmo nas mães que tiveram casos confirmados de Covid-19.
A Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) nº 600, de 25 de fevereiro de 2018, trata sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade. A assistência nutricional e dietoterápica em Bancos de Leite Humano (BLH) e postos de coleta faz parte da área de atuação dos nutricionistas, responsáveis por desenvolver atividades como: incentivar e promover o aleitamento materno, observando as diretrizes da Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância (NBCAL); prestar assistência à gestante, puérpera, nutriz e lactente na prática do aleitamento materno; coordenar as etapas de processamento, pasteurização, controle microbiológico e outras que envolvam a manipulação, garantindo a qualidade higiênico-sanitária do leite humano, desde a coleta até a distribuição, dentre outras responsabilidades.
AMAMENTAÇÃO E PANDEMIA
Diante da situação de emergência de saúde pública gerada pela pandemia de Covid-19, o Ministério da Saúde orienta que a amamentação seja mantida mesmo nos casos de infecção pela mãe, já que não existem constatações científicas significativas sobre a transmissão do coronavírus por meio do leite humano. O Ministério da Saúde também reforça os benefícios do aleitamento materno para a saúde do bebê e da mulher. Em caso de dúvida, procure a ajuda de profissionais da saúde para receber informações sobre os cuidados necessários para amamentar durante o período de contaminação.
A nutricionista, Gilmara R. Camargo, da Secretaria da Saúde de Dois Vizinhos, ressaltou os principais benefícios da amamentação.
PARA OS BEBÊS
É o vinculo que a amamentação constrói entre a mamãe e o bebê e o aumento na imunidade. Ela disse ainda, que o leite materno é rico em nutrientes e vai evitar doenças futuras como: obesidade, diabetes e diarreias.
PARA AS MAMÃES
Os principais benefícios da amamentação é que evita o câncer de mama e de útero a longo prazo, reduz anemias e oferece perda de peso no período de amamentação, a longo prazo.
SMAM
A Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) é celebrada anualmente de 1º a 7 de agosto. A data surgiu em 1990, em comemoração à Declaração de Innocenti, mas começou a trabalhar temas como sistemas de saúde, mulheres e trabalho, o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, apoio comunitário, ecologia, economia, ciência, educação e direitos humanos a partir de 1992. Desde 2016, a SMAM está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).