Família Tatto recebe homenagem de vereadores em Pato Branco

16 de junho de 2021    288 views

Em solenidade onde estive presente, na última segunda-feira (14), a Câmara de Vereadores de Pato Branco, fruto de projeto do Vereador Claudemir Zanco - Biruba, aprovado por unanimidade na casa de leis, entregou Moção de Aplauso ao pioneiro do município Pedro Tatto. Trata-se de pessoa integrante da história de Pato Branco, principalmente pela sua participação ativa na construção da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo, doação de área de terra para a construção do Aeroporto Juvenal Cardoso e a venda, por valor simbólico, do terreno onde fui construído o Estádio dos Pioneiros. E um trecho extremamente curioso do histórico de Pedro Tatto, lido durante a homenagem foi sobre o que motivou a sua mudança em 1929 da localidade chamada de Pardo no interior de Palmeiras das Missões/RS, hoje pertencente ao município de Frederico Westephalen/RS, para Pato Branco quando este chamava Colônia Nova. Quando ainda solteiro, Pedro Tatto vendeu a um comprador de muares que residia nessa localidade do Sudoeste paranaense, um cavalo que tinha como muito especial. O dinheiro seria pago, no entanto, na próxima viagem do Senhor que periodicamente ia ao Rio Grande do Sul, para comprar cavalos e burros. Mas o tempo passou e o homem não mais apareceu, foi quando Pedro Tatto ficou sabendo que dois amigos seus tinham comprado terras na Vila Nova e estavam se mudando para o Paraná. Resolveu então acompanhá-los na viagem de 207 quilômetros, pois havia recebido informação de que o comprador de cavalos residia em Colônia Nova, e aproveitaria para cobrá-lo. 
Assim que chegou, foi informado que o tal comerciante residia em propriedade situada à beira do Rio Chopim e para lá se dirigiu. Encontrou o homem e este alegou não ter dinheiro e se pela venda do cavalo Pedro Tatto não aceitaria aquele sítio que em torno de 80 alqueires, como pagamento pelo cavalo. O negócio foi fechado. Ele deixou o homem do cavalo, morando no sítio no Chopim e voltou pro RS, para casar com Escolástica Scatolin, de quem era noivo. Depois de dois anos, já casado e com uma filha recém nascida, Pedro Tatto vendeu um moinho que tinha lá e retornou para o Pato Branco, comprou as terras do Pedro de Sá Ribas que tinha procuração do governo do estado pra vender, uma que se estendia desde onde é hoje o Trevo do Patinho (viaduto), avançando em grande extensão até o rua Guarani.
A viagem do Pardo em Palmeiras das Missões até Colônia Nova (hoje Pato Branco) sobre carroças e cavalos, em 1929, durou cerca de 40 dias.
Apenas uma curiosidade: Fosse nos dias de hoje, onde um alqueire de terra em Pato Branco custa em média R$ 150 mil, qual seria o valor do cavalo de Pedro Tatto trocado por 80 alqueires de terra? Nada menos que 12 milhões de reais. 

Fonte: Marins - Jornalista Tribuna dos Lagos
 
 
 

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