Imagens do cotidiano da agricultura familiar do Sul do Brasil e da Alemanha compõem a exposição fotográfica “Eu vejo algo que você não vê”, que está presente na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Realeza. O trabalho do fotógrafo alemão Thomas Hager foi apresentado nesta segunda-feira (04), na noite de abertura da exposição. O acervo reúne 76 imagens que ficarão expostas até o dia 09 de abril, no Bloco A.
Durante a abertura, o vice-reitor da UFFS, professor Antônio Inácio Andrioli, apresentou a proposta do trabalho de Thomas Hager. O fotógrafo é um ambientalista que defende a agricultura familiar, como alternativa aos meios de produção agroindustriais. "Thomas Hager busca fazer um paralelo entre os dois países, pois ambos apresentam questionamentos sobre a agricultura atual e buscam alternativas mais sustentáveis de produção", resumiu.
Segundo o Andrioli, além da conscientização sobre a importância da agricultura familiar, o projeto busca a criação de um acervo fotográfico e textual sobre o tema, o que deverá fomentar novos projetos e reflexões. "Foram captadas milhares de fotografias, as quais serão utilizadas para a produção de um livro e um site, futuramente", comentou.
A exposição despertou o olhar do agricultura Paulo Roberto Czekalski, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pérola do Oeste. "É muito interessante poder visualizar a realidade de outros países, assim como da nossa própria região", destacou. Para a estudante de Medicina Veterinária, Dandara Alves Cardoso, as imagem chamam atenção. "As fotos são muito bonitas, pois mostram a essência do trabalho no campo", explicou.
Sobre a exposição fotográfica “Eu vejo algo que você não vê”
Como parte de um projeto de cultura da UFFS denominado Agricultura Familiar – Brasil e Alemanha, as fotografias foram captadas por Thomas Hager no mês de agosto de 2015, na região Sul da Alemanha, e nos meses de fevereiro e março de 2016 em localidades rurais próximas de Chapecó (SC), Cerro Largo (RS) e Realeza (PR). O projeto conta ainda com o apoio Fetraf/PR e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Segundo o fotógrafo alemão, a intenção do projeto é a conscientização sobre a situação da agricultura nos dois países. "Os conceitos de sustentabilidade e de agricultura familiar parecem ser, no momento, a única arma e possibilidade de enfrentar os males que a agroquímica e suas fazendas de produção agroindustrial causaram à natureza, aos animais a e aos seres humanos, além de oferecer uma resistência ao aquecimento global", destaca.
Sobre Thomas Hager
Thomas Hager é fotógrafo, cenógrafo e técnico de audiovisual, possuiu mestrado em designer gráfico e pintura, com o professor Robin Page, na Academia de Arte de Munique. Atualmente é professor de Fotografia no Departamento de Tecnologia de Mídia, na Universidade de Deggendorf.
Foi ainda duas vezes vencedor do prêmio Fortunat Weigl der GEW Ebersberg (Gewerkschaft für Erziehung und Wissenschaf – União da Educação e Ciência) “Prêmio para a Democracia Viva" com a Associação Youth Initiative Grafing JIG (co-fundador da associação) e o Centro Cultural EBE.
Legenda
10: Acervo reúne 76 imagens que ficarão expostas até o dia 09 de abril/ UFFS/Ariel Tavares
65: Exposição chamou atenção da comunidade acadêmica/ UFFS/Ariel Tavares
250: Vice-reitor da UFFS, Antônio Inácio Andrioli, apresentou o trabalho de Thomas Hager/ UFFS/Ariel Tavares