USINA HIDRELÉTRICA

27 de setembro de 2013    266 views

Teve fim na tarde desta quinta-feira, 09, as negociações para liberação do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, invadido na última segunda-feira, 09, por um grupo de pessoas ligadas ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e ASSESSOAR.
Após dois dias de intensas reuniões entre os invasores e a empresa Neoenergia, mediadas pelo secretário de Assuntos Fundiários do Governo do Estado do Paraná Hamilton Seriguelli, chegou-se ao acordo pela liberação do canteiro de obras e pela sequencia das negociações que já estavam em andamento dentro de um acordo que já havia sido firmado após uma reunião realizada no Fórum da Comarca de Capanema, pela formação de uma comissão com representantes dos atingidos, técnicos indicados pelas prefeituras, sindicatos, e da empresa Neoenergia.
Mas para se chegar a este termo, foi imprescindível a participação do governador Beto Richa, uma vez que tanto a MAB quanto a ASSESSOAR não aceitavam assinar o termo de acordo e exigiam que a empresa Neoenergia retirasse da justiça da Comarca de Capanema o Interdito Proibitório, que previa multa diária aos invasores, onde o impasse só foi resolvido após o Governador entrar em contato por telefone com a presidente da Empresa que aceitou que o Secretário Hamilton Seriguelli assinasse o acordo em nome dos invasores.
Logo após a conclusão das negociações na quinta-feira, os representantes da Neoenergia e da Policia Militar estiveram no gabinete da prefeita Lindamir Denardin onde concederam entrevista coletiva a imprensa.
O representante da Neoenergia Augusto Tavares disse estar satisfeito por ter sido possível retomar o processo de negociação que estava em andamento e foi interrompido unilateralmente com esta ocupação. “Nós conseguimos com o auxilio do governo do Estado e até a intervenção do próprio Governador voltar ao processo de negociação”, enfatizou.
O comandante do 21º Batalhão da Policia Militar de Francisco Beltrão, Major Goldoni, destacou que cerca de 25 homens da corporação estiveram presentes no local durante a invasão com o objetivo de manter a segurança onde percebeu-se que o clima entre as pessoas de Capanema estava muito ordeiro, porem houve um clima tenso com a chegada de pessoas de fora do município que começaram a agitar uma manifestação inclusive contra a própria polícia e através dos registros de identificação pode se constara que mais de 90% dos manifestantes não eram de Capanema. “Nós percebemos através dos registros de controle e identificação que fizemos na entrada do local da manifestação que em torno de 90% eram manifestantes de fora do município de Capanema, esta identificação foi feita principalmente pelo fato de no local ter uma grande quantidade de explosivos, por isso identificamos uma a uma as pessoas que entravam no local, inclusive os próprios funcionários da empresa”, ressaltou.
A prefeita Lindamir Denardin reafirmou que desde o início vem acompanhando o processo da Usina Baixo Iguaçu, juntamente com a empresa, o governo do Estado, o legislativo e judiciário de Capanema e que em momento algum abandonaram os agricultores de Capanema, mas resaltou que em conjunto os três poderes decidiram não negociar com pessoas que não conhecem. “Não negociamos com pessoas que não conhecemos, o nosso compromisso é com nossos agricultores, onde foi feito um acordo, que estava sendo cumprido, mas em determinado momento pessoas de fora que não tinham conhecimento do acordo invadiram a obra, por isso os três poderes resolveram se afastar das negociações, por entender que estava-mos cumprindo com a nossa parte. Quero deixar bem claro que a nossa preocupação, desde o começo foi negociar junto com a empresa com nossos agricultores um valor justo pelas suas terras.”, esclareceu.
Para comprovar que as negociações estavam em andamento em Capanema a Prefeita chegou a mencionar alguns nomes de produtores e valores de indenizações que já foram depositados pela Empresa. “Eu posso inclusive citar alguns depósitos que já foram efetuados pela Empresa, como um no valor de R$ 868 mil, por praticamente 07 alqueires de terra e outro no valor de R$ 259 mil por cerca de 03 alqueires, então quero deixar bem claro que deste o primeiro momento a preocupação sempre foi muito grande em estar negociando com a empresa para que os nossos agricultores recebam um preço justo por suas terras.” Afirmou.
Fonte: ASSESSORIA
 
 
 

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